quinta-feira, 30 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
LINKS DE MATEMÁTICA
FIBONACCI
http://www.youtube.com/watch?v=qawepngwrs8
MÚSICA E MATEMÁTICA
http://www.youtube.com/watch?v=7s3iw_sbqsa
http://www.youtube.com/watch?v=jy8kgaxxg4u&feature=related
CURIOSIDADES
http://www.youtube.com/watch?v=xd72srpm55q&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=qoz09epqv4l&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=htxqdygjtsa
TANGRAN
http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/fundamental/tangran/index.html
RELAX
http://lab.andre-michelle.com/pulsate
http://www.gustavoguimaraes.com.br/arquivo/images/papelbolha.swf
MAGIA
http://magiadamatematica.com/
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MÚSICA E MATEMÁTICA
http://www.youtube.com/watch?v=7s3iw_sbqsa
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CURIOSIDADES
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http://www.youtube.com/watch?v=qoz09epqv4l&feature=related
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TANGRAN
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RELAX
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MAGIA
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LINKS DA LÍNGUA PORTUGUESA
LIVROCLIPE
http://www.livroclip.com.br/
LETROCA
http://www.fulano.com.br/scripts/jogosonline/letroca/letrocaabertura.asp
WORSHAKE (LETROCA EM INGLÊS)
http://www.learnenglish.org.uk/games/worshake/intro_trial.swf
GAME DA REFORMA ORTOGRÁFICA
http://fmu/game/home.asp
SÓ PORTUGUÊS
http://www.soportugues.com.br/
INTERNETÊS
http://www.novomilenio.inf.br/idioma/20050530.htm
http://paginadois.com.br/textos/linguagemvirtual.html
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LETROCA
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WORSHAKE (LETROCA EM INGLÊS)
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GAME DA REFORMA ORTOGRÁFICA
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SÓ PORTUGUÊS
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INTERNETÊS
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sábado, 18 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
IMPORTANTE E ENRIQUECEDOR!
ATENÇÃO!
VAGAS LIMITADAS!
INSCRIÇÕES PARA O CURSO ATÉ COMPLETAR AS VAGAS
DATA DO CURSO 25 DE SETEMBRO
PÚBLICO ALVO: PROFESSORES DO COLÉGIO JACINTHO
LOCAL: AUDITÓRIO DO C. E. JACINTHO
MANHÃ (DAS 8H ÀS 12H)
OFICINA DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS, INTEGRANDO METODOLOGIAS INOVADORAS ( PELAS TICs)
OBS: ENTREGA DE CERTIFICADO
TARDE (DAS 13H ÀS 17H)
OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA E CIÊNCIAS HUMANAS, INTEGRANDO METODOLOGIAS INOVADORAS (PELAS TICs)
OBS: ENTREGA DE CERTIFICADO
AÇÃO FINANCIADA PELO PDE
ARCHÉ – ASSESSORIA E CONSULTORIA PEDAGÓGICO-CULTURAL LTDA
Rio de janeiro
CNPJ: 04.421.532/0001-53
VAGAS LIMITADAS!
INSCRIÇÕES PARA O CURSO ATÉ COMPLETAR AS VAGAS
DATA DO CURSO 25 DE SETEMBRO
PÚBLICO ALVO: PROFESSORES DO COLÉGIO JACINTHO
LOCAL: AUDITÓRIO DO C. E. JACINTHO
MANHÃ (DAS 8H ÀS 12H)
OFICINA DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS, INTEGRANDO METODOLOGIAS INOVADORAS ( PELAS TICs)
OBS: ENTREGA DE CERTIFICADO
TARDE (DAS 13H ÀS 17H)
OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA E CIÊNCIAS HUMANAS, INTEGRANDO METODOLOGIAS INOVADORAS (PELAS TICs)
OBS: ENTREGA DE CERTIFICADO
AÇÃO FINANCIADA PELO PDE
ARCHÉ – ASSESSORIA E CONSULTORIA PEDAGÓGICO-CULTURAL LTDA
Rio de janeiro
CNPJ: 04.421.532/0001-53
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
CONTRIBUIÇÃO DO PROFESSOR CARLOS ROBERTO
Só conhecimento teórico não forma bom professor
DOCENTES TAMBÉM PRECISAM DE TÉCNICAS PARA TRANSMITIR CONHECIMENTO, INSPIRAR CRIANÇAS E MANEJAR SALA DE AULA
ANTÔNIO GOIS
DO RIO
Quando, aos 21 anos, começou a dar aulas, Doug Lemov, 42, conta que ouviu conselhos como "espere o máximo dos seus alunos todo dia" ou "tenha altas expectativas sobre seu desempenho". No momento em que ficava em frente aos estudantes em sala de aula, porém, isso lhe parecia pouco útil.
No meio de tantas frases de efeito, um professor mais experiente lhe falou algo bastante concreto: "Quando precisar dar instruções aos alunos, não faça isso caminhando pela sala enquanto distribui papéis. Eles precisam entender que o que você fala é mais importante do que qualquer outra tarefa".
Foi a partir de dicas práticas como essa que Lemov, hoje diretor de uma rede de escolas nos EUA, passou a prestar atenção nas técnicas dos melhores professores.
Sua obsessão em descobrir o que faz o docente top quando fecha a porta de sua classe o levou a filmar por seis anos aulas de profis sionais que conseguiam, mesmo em situações adversas, que seus alunos aprendessem.
Este trabalho virou livro de repercussão nos EUA, com 150 mil cópias vendidas, e que será lançado em outubro no Brasil, com o nome "Aula Nota 10" (Fundação Lemann e editora Da Boa Prosa).
Nele, Lemov descreve em termos bem práticos 49 técnicas de bons professores. Podem não ser frases glamourosas, mas funcionam. Em entrevista à Folha, o autor diz que seu livro não menospreza o conhecimento teórico. Apenas argumenta que, em vez de aprender apenas a partir de teorias, professores precisam olhar para o que fazem seus colegas com melhor desempenho.
Folha - Seu livro pode ser entendido também como crítica ao modo como se formam professores hoje nos EUA, com currículos que enfatizam demasiadamente teorias pedagógicas e deixam pouco espaço para o ensino de questões práticas de sala de aula. Como foi a repercussão?
Doug Lemov - Pela resposta que tive, percebi que o problema na formação de professores nos EUA é mais profundo do que imaginava.
Alguns me disseram que as ideias do livro eram muito intuitivas. Outros, que não havia nenhuma grande revelação e que o livro era até óbvio. Sinceramente, considerei elogio, pois isso revela que há mais pessoas que pensam da mesma maneira.
Eu tinha também algum receio de o livro não ser bem recebido por professores de escolas públicas, já que trabalho numa organização que mantém escolas "charters" [geridas pela iniciativa privada, mas financiadas pelo poder público para atender gratuitamente alunos pobres] e, nos EUA, tem havido muita disputa em torno deste tema.
Mas acho que os professores entenderam que o livro pode ser útil para seu trabalho, não importa em que tipo de escola eles ensinam.
Só não tive resposta nenhuma das autoridades educacionais, responsáveis pela política de formação de professores. Deles, percebi um silêncio retumbante.
O que explicaria isso?
Talvez achem que eles estejam certos e eu, equivocado. Talvez porque estejam numa postura defensiva, se sentindo ameaçados com os que criticam a política atual de formação. Não estou certo de que as pessoas responsáveis pela formação de professores tenham em mente que o aprendizado das crianças tem que ser a prioridade.
Ao enfatizar a importância de aprender técnicas de manejo de turma em sala de aula, você não estaria menosprezando a formação teórica?
Em nenhum momento digo que o conhecimento teórico não é importante. Pelo contrário, é dramaticamente importante. Se você vai ensinar matemática, você tem que ter uma boa formação em matemática. Mas meu ponto é que só isso não faz de alguém um bom professor.
Acho que as técnicas que descrevo são úteis inclusive para docentes que têm amplo conhecimento da disciplina que lecionam.
Imagine uma escola pública em área pobre que esteja precisando de um professor de física. Hoje em dia, já é difícil achar alguém que conheça bem a disciplina e esteja disposto a dar aulas.
Mas, se as pessoas com boa formação em física souberem também técnicas para fazer boas perguntas, inspirar crianças e manejar uma sala de aula, triplicaríamos o número de pessoas capazes de dar boas aulas.
Meu livro trata muito mais de como transmitir o conhecimento para os alunos. Quando você é especialista em algo, seu conhecimento sobre o tema é quase intuitivo. Isso pode significar que não seja natural para você pensar em formas de transmitir isso para estudantes.
No Brasil, há muitas críticas aos formatos tradicionais da sala de aula, pouco atrativos para jovens do século 21. No entanto, muitos professores reagem argumentando que a sala de aula não é um circo, e que aprender nem sempre é divertido. Qual sua opinião?
Não acho que tenha que se escolher entre um modelo ou outro. É certo que você deve inspirar os alunos e atrair sua atenção, mas é preciso também fazê-los trabalhar duro.
Só não entendo como algumas pessoas resistem tanto em melhorar. Se você me disser que há coisas que possa fazer para ser um pai melhor, eu vou querer aprender, mesmo que eu já me considere o melhor pai do mundo.
Se em sua escola há uma maioria de professores desmotivados ou desinteressados em melhorar, é difícil ser o que dará o primeiro passo. Mas, se você dá esse passo, outros o seguirão, e isso se tornará uma bola de neve.
Mas, no Brasil, professores muitas vezes dão aulas em situações precárias. Como cobrar entusiasmo de um profissional nessa situação?
É certamente mais fácil ser um ótimo professor numa escola maravilhosa. Mas, mesmo nas piores escolas dos Estados Unidos, há sempre um, dois ou três que se destacam, e, no meu livro, eu destaco principalmente o trabalho de professores que dão aulas para alunos mais pobres.
Mesmo não conhecendo bem o Brasil, tenho certeza de que há bons profissionais mesmo em escolas de pior desempenho. Meu ponto é que, em vez de aprender só com teorias, também deveríamos aprender com exemplo dos ótimos professores.
Há, porém, escolas que facilitam o trabalho desses bons professores e outras que dificultam. Quais características você identifica nas que apresentem bons resultados?
Em primeiro lugar, são escolas preocupadas, acima de tudo, no aprendizado do aluno. Parece bobo dizer isso, mas, na prática, nem sempre é o que acontece. Em segundo, há também uma constante análise de resultados, para identificar os pontos fracos e corrigi-los. Por último, são locais onde o professor se sente valorizado e respeitado.
E o que um diretor precisa fazer para motivar a equipe?
Sei que é comum o ceticismo de professores em relação a aperfeiçoamento. Em parte, eles têm razão, pois muitos conselhos ou treinamentos dão em nada. Mas fazer os professores confiarem no seu trabalho é um resultado, e não uma pré-condição. É preciso mostrar que você é capaz de ajudá-los a serem melhores. Se você consegue fazer isso ao menos com uma minoria, é natural que outros vejam o resultado e passem a acreditar em você.
Fonte: Folha de São Paulo - 16.08.2010
DOCENTES TAMBÉM PRECISAM DE TÉCNICAS PARA TRANSMITIR CONHECIMENTO, INSPIRAR CRIANÇAS E MANEJAR SALA DE AULA
ANTÔNIO GOIS
DO RIO
Quando, aos 21 anos, começou a dar aulas, Doug Lemov, 42, conta que ouviu conselhos como "espere o máximo dos seus alunos todo dia" ou "tenha altas expectativas sobre seu desempenho". No momento em que ficava em frente aos estudantes em sala de aula, porém, isso lhe parecia pouco útil.
No meio de tantas frases de efeito, um professor mais experiente lhe falou algo bastante concreto: "Quando precisar dar instruções aos alunos, não faça isso caminhando pela sala enquanto distribui papéis. Eles precisam entender que o que você fala é mais importante do que qualquer outra tarefa".
Foi a partir de dicas práticas como essa que Lemov, hoje diretor de uma rede de escolas nos EUA, passou a prestar atenção nas técnicas dos melhores professores.
Sua obsessão em descobrir o que faz o docente top quando fecha a porta de sua classe o levou a filmar por seis anos aulas de profis sionais que conseguiam, mesmo em situações adversas, que seus alunos aprendessem.
Este trabalho virou livro de repercussão nos EUA, com 150 mil cópias vendidas, e que será lançado em outubro no Brasil, com o nome "Aula Nota 10" (Fundação Lemann e editora Da Boa Prosa).
Nele, Lemov descreve em termos bem práticos 49 técnicas de bons professores. Podem não ser frases glamourosas, mas funcionam. Em entrevista à Folha, o autor diz que seu livro não menospreza o conhecimento teórico. Apenas argumenta que, em vez de aprender apenas a partir de teorias, professores precisam olhar para o que fazem seus colegas com melhor desempenho.
Folha - Seu livro pode ser entendido também como crítica ao modo como se formam professores hoje nos EUA, com currículos que enfatizam demasiadamente teorias pedagógicas e deixam pouco espaço para o ensino de questões práticas de sala de aula. Como foi a repercussão?
Doug Lemov - Pela resposta que tive, percebi que o problema na formação de professores nos EUA é mais profundo do que imaginava.
Alguns me disseram que as ideias do livro eram muito intuitivas. Outros, que não havia nenhuma grande revelação e que o livro era até óbvio. Sinceramente, considerei elogio, pois isso revela que há mais pessoas que pensam da mesma maneira.
Eu tinha também algum receio de o livro não ser bem recebido por professores de escolas públicas, já que trabalho numa organização que mantém escolas "charters" [geridas pela iniciativa privada, mas financiadas pelo poder público para atender gratuitamente alunos pobres] e, nos EUA, tem havido muita disputa em torno deste tema.
Mas acho que os professores entenderam que o livro pode ser útil para seu trabalho, não importa em que tipo de escola eles ensinam.
Só não tive resposta nenhuma das autoridades educacionais, responsáveis pela política de formação de professores. Deles, percebi um silêncio retumbante.
O que explicaria isso?
Talvez achem que eles estejam certos e eu, equivocado. Talvez porque estejam numa postura defensiva, se sentindo ameaçados com os que criticam a política atual de formação. Não estou certo de que as pessoas responsáveis pela formação de professores tenham em mente que o aprendizado das crianças tem que ser a prioridade.
Ao enfatizar a importância de aprender técnicas de manejo de turma em sala de aula, você não estaria menosprezando a formação teórica?
Em nenhum momento digo que o conhecimento teórico não é importante. Pelo contrário, é dramaticamente importante. Se você vai ensinar matemática, você tem que ter uma boa formação em matemática. Mas meu ponto é que só isso não faz de alguém um bom professor.
Acho que as técnicas que descrevo são úteis inclusive para docentes que têm amplo conhecimento da disciplina que lecionam.
Imagine uma escola pública em área pobre que esteja precisando de um professor de física. Hoje em dia, já é difícil achar alguém que conheça bem a disciplina e esteja disposto a dar aulas.
Mas, se as pessoas com boa formação em física souberem também técnicas para fazer boas perguntas, inspirar crianças e manejar uma sala de aula, triplicaríamos o número de pessoas capazes de dar boas aulas.
Meu livro trata muito mais de como transmitir o conhecimento para os alunos. Quando você é especialista em algo, seu conhecimento sobre o tema é quase intuitivo. Isso pode significar que não seja natural para você pensar em formas de transmitir isso para estudantes.
No Brasil, há muitas críticas aos formatos tradicionais da sala de aula, pouco atrativos para jovens do século 21. No entanto, muitos professores reagem argumentando que a sala de aula não é um circo, e que aprender nem sempre é divertido. Qual sua opinião?
Não acho que tenha que se escolher entre um modelo ou outro. É certo que você deve inspirar os alunos e atrair sua atenção, mas é preciso também fazê-los trabalhar duro.
Só não entendo como algumas pessoas resistem tanto em melhorar. Se você me disser que há coisas que possa fazer para ser um pai melhor, eu vou querer aprender, mesmo que eu já me considere o melhor pai do mundo.
Se em sua escola há uma maioria de professores desmotivados ou desinteressados em melhorar, é difícil ser o que dará o primeiro passo. Mas, se você dá esse passo, outros o seguirão, e isso se tornará uma bola de neve.
Mas, no Brasil, professores muitas vezes dão aulas em situações precárias. Como cobrar entusiasmo de um profissional nessa situação?
É certamente mais fácil ser um ótimo professor numa escola maravilhosa. Mas, mesmo nas piores escolas dos Estados Unidos, há sempre um, dois ou três que se destacam, e, no meu livro, eu destaco principalmente o trabalho de professores que dão aulas para alunos mais pobres.
Mesmo não conhecendo bem o Brasil, tenho certeza de que há bons profissionais mesmo em escolas de pior desempenho. Meu ponto é que, em vez de aprender só com teorias, também deveríamos aprender com exemplo dos ótimos professores.
Há, porém, escolas que facilitam o trabalho desses bons professores e outras que dificultam. Quais características você identifica nas que apresentem bons resultados?
Em primeiro lugar, são escolas preocupadas, acima de tudo, no aprendizado do aluno. Parece bobo dizer isso, mas, na prática, nem sempre é o que acontece. Em segundo, há também uma constante análise de resultados, para identificar os pontos fracos e corrigi-los. Por último, são locais onde o professor se sente valorizado e respeitado.
E o que um diretor precisa fazer para motivar a equipe?
Sei que é comum o ceticismo de professores em relação a aperfeiçoamento. Em parte, eles têm razão, pois muitos conselhos ou treinamentos dão em nada. Mas fazer os professores confiarem no seu trabalho é um resultado, e não uma pré-condição. É preciso mostrar que você é capaz de ajudá-los a serem melhores. Se você consegue fazer isso ao menos com uma minoria, é natural que outros vejam o resultado e passem a acreditar em você.
Fonte: Folha de São Paulo - 16.08.2010
MOTIVAÇÃO
Acessem!
http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=1183017
Obrigada pela dica professora Luciana!
Coordenação Pedagógica
http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=1183017
Obrigada pela dica professora Luciana!
Coordenação Pedagógica
Textos
Sugiro os seguintes textos para discussão:
Música: Estudo errado (Gabriel O Pensador)
"Nós, mulheres-professoras, ainda queremos ser deusas e bruxas?" e "O diabo do currículo". CORAZZA, Sandra Maria. Para uma filosofia do inferno na educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002
"Tempos pós-modernos" BARBOSA, Wilmar do Valle in LYOTARD, Jean François. A condição pós-moderna. Sâo Paulo: José Olympio, 2008; E "O ensino e sua legitimação pelo desempenho" (LYOTARD, ibidem)
Livros:
O mestre Ignorante (RANCIÈRE, Jacques. Belo Horizonte: Autêntica, 2005
Boa leitura.
Tânia
Música: Estudo errado (Gabriel O Pensador)
"Nós, mulheres-professoras, ainda queremos ser deusas e bruxas?" e "O diabo do currículo". CORAZZA, Sandra Maria. Para uma filosofia do inferno na educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002
"Tempos pós-modernos" BARBOSA, Wilmar do Valle in LYOTARD, Jean François. A condição pós-moderna. Sâo Paulo: José Olympio, 2008; E "O ensino e sua legitimação pelo desempenho" (LYOTARD, ibidem)
Livros:
O mestre Ignorante (RANCIÈRE, Jacques. Belo Horizonte: Autêntica, 2005
Boa leitura.
Tânia
terça-feira, 14 de setembro de 2010
ACESSEM!
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/sala_de_aula_objaprendizagem.asp
Coordenação pedagógica compartilhando...
Coordenação pedagógica compartilhando...
LINKS PEDAGÓGICOS
eXe – extensão de ficheiros
pt.wikipedia.org/wiki/EXE
Xerte= ambiente de desenvolvimento para criar interatividade rica.
Courselab = SOFTWARE EDUCATIVO - ferramenta de criação , free(grátis)
Microsoft Learning Content Development System – CRIAÇÃO DE CURSOS ON-LINE – FREE
myUdutu = PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE CURSO
HotPotatoes = para criar labirintos ação baseada na Web, FREE
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://hotpot.uvic.ca/&ei=gmOPTJ3_KIT68AbIrpHIDQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CB4Q7gEwAA&prev=/search%3Fq%3DHotPotatoes%26hl%3Dpt-BR
No Brasil, há alguns repositórios que podem ser encontrados materiais educacionais de uso gratuito, como:
Banco Internacional de Objetos de Aprendizagem
Laboratório Virtual - USP (Física e Química)
Micro&Gene - USP (Biologia)
http://cesta.cinted.ufrgs.br/form.consulta.php
LEC - UFRGS (diversas áreas)
RIVED-http://rived.mec.gov.br/projeto.php
A Magia dos Números (matemática)
Laboratório Virtual de Matemática - UNIJUI (matemática)
Science Museum (Física e Lógica)
UNIFRA (diversas áreas)
Laboratório Virtual - USP (Física e Química)
Micro&Gene - USP (Biologia)
http://cesta.cinted.ufrgs.br/form.consulta.php
LEC - UFRGS (diversas áreas)
RIVED-http://rived.mec.gov.br/projeto.php
A Magia dos Números (matemática)
Laboratório Virtual de Matemática - UNIJUI (matemática)
Science Museum (Física e Lógica)
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domingo, 12 de setembro de 2010
CURSOS À DISTÂNCIA GRATUITOS
Olá!
Acessem:
http://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitosFormulario.aspx?id_curso=OCWQUISEAD_00_01/2009_1
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010
COMO CRIAR SEU PRÓPRIO BLOG
Acessem o link abaixo:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=24
Sucesso!
Coordenação Pedagógica
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Coordenação Pedagógica
INSCRIÇÕES PARA AS OFICINAS DE BLOG
PARA SE INSCREVER NAS OFICINAS DE BLOG É SÓ DIGITAR SEUS DADOS NO COMENTÁRIO. VAMOS PARTICIPAR!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
ADOLESCENTES: AFINAL, QUEM SÃO OS "ABORRECENTES"?
Segundo pesquisas, o conceito Adolescência (do latim ad, para + olescere, crescer : crescer para) está relacionado a questão do jovem como "problema" há muito tempo. Frases como: -"Os filhos de hoje já não respeitam mais os pais" , nos são familiares.
Do ponto de vista do mundo adulto, o adolescente é um ser em desenvolvimento e em conflito. Este se origina nas mudanças corporais, fatores pessoais e conflitos familiares. O adolescente é considerado "maduro" quando se adapta estrutura da sociedade, ou seja, quando se torna mais uma "engrenagem do sistema".
Muitos dos manuais que se dirigem a adolescentes encaram esta fase dessa maneira para não "quebrar" o tradicionalismo e os ensinam a comportar-se de acordo com o que a sociedade espera deles. Porque as mudanças, que podem surgir com os questionamentos e conflitos que explodem no adolescente, é uma ameaça para a sociedade tradicional. Significa "perigo". Diante de um perigo torna-se mais simples enclausurar as ameaças desta fase, aplicando-se um rótulo de "crise normal" para fazê-los adaptar-se às regras, isto continuará preservando a sociedade.
A adolescência é uma fase de mudanças. É a passagem de uma atitude de mero espectador para atitude ativa, questionadora, geradora de revisão e conseqüente transformação. Numa sociedade acomodada e tradicional, mudanças são ameaças e isto assusta, então mais fácil o comodismo.
Afinal, a maioria dos adultos não gosta de ser questionado, muito menos de mudar seus valores, princípios e padrões de comportamento.
O adolescente é questionador por natureza. Todo adulto já passou pela fase da adolescência, e talvez possa lembrar-se como fora frustrante ser incompreendido.
Para entender um adolescente é preciso olhá-lo de um ponto de vista bem mais amplo que o tradicional.
"Aborrecentes" é um termo conhecido e utilizado por muitos adultos referindo-se aos adolescentes. Quem merece este termo? Quem aborrece quem? Os jovens aos adultos? Ou vice-versa?
Já é hora de muitos adultos limitados e acomodados (verdadeiros "aborrecentes") começarem a questionar-se, aceitar e aprender com essa fase de transformação do jovens ao invés de aborrecer-se. Agir como o habitual é mais confortável e cômodo, porém, sair do tradicionalismo faz bem, aprende-se muito mais e traz soluções.
Começar a ouvir os jovens adolescentes e aceitá-los amenizará os conflitos e criará empatia, isto favorecerá o relacionamento.
O diálogo e a compreensão é o meio mais inteligente para educar e encontrar soluções. Aprendemos muito mais ouvindo do que falando.
Faz-se necessário questionar quem são os aborrecentes. Jovens em fase de adolescência ficam constantemente aborrecidos com as limitações impostas por adultos e podem sentir revolta.
Limites são muito importantes e devem ser colocados, todavia, os meios pelos quais serão colocados podem ser inúmeros, e não precisam ser limitantes nem "aborrecentes".
Os adolescentes costumam ser dóceis, amáveis e muito flexíveis quando conseguem um diálogo onde são compreendidos. Isto além de criar um ambiente de confiança e amizade ajuda na busca de soluções com maior rapidez e eficiência.
Lembre-se: Diálogo é sempre o caminho mais inteligente!
Fonte: Internet
Do ponto de vista do mundo adulto, o adolescente é um ser em desenvolvimento e em conflito. Este se origina nas mudanças corporais, fatores pessoais e conflitos familiares. O adolescente é considerado "maduro" quando se adapta estrutura da sociedade, ou seja, quando se torna mais uma "engrenagem do sistema".
Muitos dos manuais que se dirigem a adolescentes encaram esta fase dessa maneira para não "quebrar" o tradicionalismo e os ensinam a comportar-se de acordo com o que a sociedade espera deles. Porque as mudanças, que podem surgir com os questionamentos e conflitos que explodem no adolescente, é uma ameaça para a sociedade tradicional. Significa "perigo". Diante de um perigo torna-se mais simples enclausurar as ameaças desta fase, aplicando-se um rótulo de "crise normal" para fazê-los adaptar-se às regras, isto continuará preservando a sociedade.
A adolescência é uma fase de mudanças. É a passagem de uma atitude de mero espectador para atitude ativa, questionadora, geradora de revisão e conseqüente transformação. Numa sociedade acomodada e tradicional, mudanças são ameaças e isto assusta, então mais fácil o comodismo.
Afinal, a maioria dos adultos não gosta de ser questionado, muito menos de mudar seus valores, princípios e padrões de comportamento.
O adolescente é questionador por natureza. Todo adulto já passou pela fase da adolescência, e talvez possa lembrar-se como fora frustrante ser incompreendido.
Para entender um adolescente é preciso olhá-lo de um ponto de vista bem mais amplo que o tradicional.
"Aborrecentes" é um termo conhecido e utilizado por muitos adultos referindo-se aos adolescentes. Quem merece este termo? Quem aborrece quem? Os jovens aos adultos? Ou vice-versa?
Já é hora de muitos adultos limitados e acomodados (verdadeiros "aborrecentes") começarem a questionar-se, aceitar e aprender com essa fase de transformação do jovens ao invés de aborrecer-se. Agir como o habitual é mais confortável e cômodo, porém, sair do tradicionalismo faz bem, aprende-se muito mais e traz soluções.
Começar a ouvir os jovens adolescentes e aceitá-los amenizará os conflitos e criará empatia, isto favorecerá o relacionamento.
O diálogo e a compreensão é o meio mais inteligente para educar e encontrar soluções. Aprendemos muito mais ouvindo do que falando.
Faz-se necessário questionar quem são os aborrecentes. Jovens em fase de adolescência ficam constantemente aborrecidos com as limitações impostas por adultos e podem sentir revolta.
Limites são muito importantes e devem ser colocados, todavia, os meios pelos quais serão colocados podem ser inúmeros, e não precisam ser limitantes nem "aborrecentes".
Os adolescentes costumam ser dóceis, amáveis e muito flexíveis quando conseguem um diálogo onde são compreendidos. Isto além de criar um ambiente de confiança e amizade ajuda na busca de soluções com maior rapidez e eficiência.
Lembre-se: Diálogo é sempre o caminho mais inteligente!
Fonte: Internet
sábado, 4 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Pedro Demo aborda os desafios da linguagem no século XXI
Pedro Demo é professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA), possui 76 livros publicados, envolvendo Sociologia e Educação. No mês passado esteve em Curitiba para uma palestra promovida pela Faculdade Opet, e conversou com o Nota 10.
O tema de sua palestra é “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Quais são os maiores desafios que professores e alunos enfrentam, envolvendo essa linguagem?
A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”.
A linguagem do século XXI envolve apenas a internet?
Geralmente se diz linguagem de computador porque o computador, de certa maneira, é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto do computador como do celular. Então o que está em jogo é o texto impresso. Primeiro, nós não podemos jogar fora o texto impresso, mas talvez ele vá se tornar um texto menos importante do que os outros. Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico – alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem. O jogador tem que fazer o avatar dele – aquela figura que ele vai incorporar para jogar -, pode mudar regras de jogo, discute com os colegas sobre o que estão jogando. O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. Também há o texto: o jogo vem com um manual de instruções e ela se obriga a ler. Não é que a criança não lê – ela não lê o que o adulto quer que ele leia na escola. Mas quando é do seu interesse, lê sem problema. Isso tem sido chamado de aprendizagem situada – um aprendizado de tal maneira que apareça sempre na vida da criança. Aquilo que ela aprende, quando está mexendo na internet, são coisas da vida. Quando ela vai para a escola não aparece nada. A linguagem que ela usa na escola, quando ela volta para casa ela não vê em lugar nenhum. E aí, onde é que está a escola? A escola parece um mundo estranho. As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo. As crianças têm que aprender isso. Para você fazer um blog, você tem que ser autor – é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Você não pode fazer um blog pelo outro, o blog é seu, você tem que redigir, elaborar, se expor, discutir. É muito comum lá fora, como nos Estados Unidos, onde milhares de crianças de sete anos que já são autoras de ficção estilo Harry Potter no blog, e discutem animadamente com outros autores mirins. Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.
Então a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos?
Precisa, e muito. Não que a escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.
Qual é a diferença da interferência da linguagem mais tecnológica para, como o senhor falou, a linguagem de Gutenberg?
Cultura popular. O termo mudou muito, e cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam. Não exclui texto. Qual é a diferença? O texto, veja bem, é de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra, tudo arrumadinho. Não é real. A vida real não é arrumadinha, nosso texto que é assim. Nós ficamos quadrados até por causa desses textos que a gente faz. A gente quer pensar tudo seqüencial, mas a criança não é seqüencial. Ela faz sete, oito tarefas ao mesmo tempo – mexe na internet, escuta telefone, escuta música, manda email, recebe email, responde - e ainda acham que na escola ela deve apenas escutar a aula. Elas têm uma cabeça diferente. O texto impresso vai continuar, é o texto ordenado. Mas vai entrar muito mais o texto da imagem, que não é hierárquico, não é centrado, é flexível, é maleável. Ele permite a criação conjunta de algo, inclusive existe um termo interessante para isso que é “re-mix” – todos os textos da internet são re-mix, partem de outros textos. Alguns são quase cópias, outros já são muito bons, como é um texto da wikipedia (que é um texto de enciclopédia do melhor nível).
Qual a sua opinião sobre o internetês?
Assim como é impossível imaginar que exista uma língua única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades não se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz a internet por exemplo). A internet usa basicamente o texto em inglês, mas admite outras culturas. Eu não acho errado que a criança que usa a internet invente sua maneira de falar. No fundo, a gramática rígida também é apenas uma maneira de falar. A questão é que pensamos que o português gramaticalmente correto é o único aceitável, e isso é bobagem. Não existe uma única maneira de falar, existem várias. Mas com a liberdade da internet as pessoas cometem abusos. As crianças, às vezes, sequer aprendem bem o português porque só ficam falando o internetês. Acho que eles devem usar cada linguagem isso no ambiente certo – e isso implica também aprender bem o português correto.
O senhor é um grande escritor na área de educação, e tem vários livros publicados. Desses livros qual é o seu preferido?
Posso dizer uma coisa? Eu acho que todos os livros vão envelhecendo, e eu vou deixando todos pelo caminho. Não há livro que resista ao tempo. Mas um dos que eu considero com mais impacto – e não é o que eu prefiro – é o livro sobre a LDB (A Nova LDB: Ranços e Avanços), que chegou a 20 e tantas edições. É um livro que eu não gosto muito, que eu não considero um bom livro, mas... Outros livros que eu gosto mais saíram menos, depende muito das circunstâncias. Eu gosto sobretudo de um livrinho que eu publiquei em 2004, chamado Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. É o ponto que eu queria transmitir a todos os professores: ser professor não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. O professor gosta de dar aula, e os dados sugerem que quanto mais aulas, menos o aluno aprende. O professor não acredita nisso, acha que isso é um grande disparate. Mas é verdade. É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável.
Então o professor gosta de dar aulas deve mudar esse pensamento?
É um grande desafio: cuidar do professor, arrumar uma pedagogia na qual ele nasça de uma maneira diferente, não seja só vinculado a dar aulas. A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo – isso é fundamental. Depois, quando ele está na escola, ele precisa ter um reforço constante para aprender. É preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
O tema de sua palestra é “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Quais são os maiores desafios que professores e alunos enfrentam, envolvendo essa linguagem?
A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”.
A linguagem do século XXI envolve apenas a internet?
Geralmente se diz linguagem de computador porque o computador, de certa maneira, é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto do computador como do celular. Então o que está em jogo é o texto impresso. Primeiro, nós não podemos jogar fora o texto impresso, mas talvez ele vá se tornar um texto menos importante do que os outros. Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico – alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem. O jogador tem que fazer o avatar dele – aquela figura que ele vai incorporar para jogar -, pode mudar regras de jogo, discute com os colegas sobre o que estão jogando. O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. Também há o texto: o jogo vem com um manual de instruções e ela se obriga a ler. Não é que a criança não lê – ela não lê o que o adulto quer que ele leia na escola. Mas quando é do seu interesse, lê sem problema. Isso tem sido chamado de aprendizagem situada – um aprendizado de tal maneira que apareça sempre na vida da criança. Aquilo que ela aprende, quando está mexendo na internet, são coisas da vida. Quando ela vai para a escola não aparece nada. A linguagem que ela usa na escola, quando ela volta para casa ela não vê em lugar nenhum. E aí, onde é que está a escola? A escola parece um mundo estranho. As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo. As crianças têm que aprender isso. Para você fazer um blog, você tem que ser autor – é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Você não pode fazer um blog pelo outro, o blog é seu, você tem que redigir, elaborar, se expor, discutir. É muito comum lá fora, como nos Estados Unidos, onde milhares de crianças de sete anos que já são autoras de ficção estilo Harry Potter no blog, e discutem animadamente com outros autores mirins. Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.
Então a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos?
Precisa, e muito. Não que a escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.
Qual é a diferença da interferência da linguagem mais tecnológica para, como o senhor falou, a linguagem de Gutenberg?
Cultura popular. O termo mudou muito, e cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam. Não exclui texto. Qual é a diferença? O texto, veja bem, é de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra, tudo arrumadinho. Não é real. A vida real não é arrumadinha, nosso texto que é assim. Nós ficamos quadrados até por causa desses textos que a gente faz. A gente quer pensar tudo seqüencial, mas a criança não é seqüencial. Ela faz sete, oito tarefas ao mesmo tempo – mexe na internet, escuta telefone, escuta música, manda email, recebe email, responde - e ainda acham que na escola ela deve apenas escutar a aula. Elas têm uma cabeça diferente. O texto impresso vai continuar, é o texto ordenado. Mas vai entrar muito mais o texto da imagem, que não é hierárquico, não é centrado, é flexível, é maleável. Ele permite a criação conjunta de algo, inclusive existe um termo interessante para isso que é “re-mix” – todos os textos da internet são re-mix, partem de outros textos. Alguns são quase cópias, outros já são muito bons, como é um texto da wikipedia (que é um texto de enciclopédia do melhor nível).
Qual a sua opinião sobre o internetês?
Assim como é impossível imaginar que exista uma língua única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades não se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz a internet por exemplo). A internet usa basicamente o texto em inglês, mas admite outras culturas. Eu não acho errado que a criança que usa a internet invente sua maneira de falar. No fundo, a gramática rígida também é apenas uma maneira de falar. A questão é que pensamos que o português gramaticalmente correto é o único aceitável, e isso é bobagem. Não existe uma única maneira de falar, existem várias. Mas com a liberdade da internet as pessoas cometem abusos. As crianças, às vezes, sequer aprendem bem o português porque só ficam falando o internetês. Acho que eles devem usar cada linguagem isso no ambiente certo – e isso implica também aprender bem o português correto.
O senhor é um grande escritor na área de educação, e tem vários livros publicados. Desses livros qual é o seu preferido?
Posso dizer uma coisa? Eu acho que todos os livros vão envelhecendo, e eu vou deixando todos pelo caminho. Não há livro que resista ao tempo. Mas um dos que eu considero com mais impacto – e não é o que eu prefiro – é o livro sobre a LDB (A Nova LDB: Ranços e Avanços), que chegou a 20 e tantas edições. É um livro que eu não gosto muito, que eu não considero um bom livro, mas... Outros livros que eu gosto mais saíram menos, depende muito das circunstâncias. Eu gosto sobretudo de um livrinho que eu publiquei em 2004, chamado Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. É o ponto que eu queria transmitir a todos os professores: ser professor não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. O professor gosta de dar aula, e os dados sugerem que quanto mais aulas, menos o aluno aprende. O professor não acredita nisso, acha que isso é um grande disparate. Mas é verdade. É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável.
Então o professor gosta de dar aulas deve mudar esse pensamento?
É um grande desafio: cuidar do professor, arrumar uma pedagogia na qual ele nasça de uma maneira diferente, não seja só vinculado a dar aulas. A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo – isso é fundamental. Depois, quando ele está na escola, ele precisa ter um reforço constante para aprender. É preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
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